16 de maio de 2008

Entrevista Antônio Martins

Editor do Le Monde Dilpomatique Brasil.

Martins disse logo no início da entrevista que o Le Monde não é um jornal de reportagens e sim de ensaios e análises em geral, e que a maioria das informações são enviadas de outros Diplo como o da França e de outros países.

Existe mais ou menos uma rede de 30 países que repassam informações para a criação do jornal, outra fonte utilizada pela redação na elaboração das matérias são redes de publicações alternativas.
Para pautarem algum assunto, o material é avaliado e se estiver de acordo com os critérios do Le Monde a matéria é produzida para a versão brasileira, onde nós mesmos traduzimos, editamos e publicamos.

A única parte que é feita aqui no Brasil é o caderno que tem o mesmo nome e que é escrito por colobaradores brasileiros, ou por pessoas mais conhecidas , pela tradição na análise internacional.
É importante salientar que nós não estamos interessados se a pessoa que escreve é um jornalista, também escrevem para o Diplo essa nova intelectualidade emergente, e que não tem destaque nos grandes veículos.

Corresponde internacional...

Há uma rede de colaboradores internacionais e Análises de conteúdo enviado por correspondentes informais.
Essa tendência é positiva, o jornalismo tende a deixar de ser feito apenas por pessoas formadas na área de jornalismo.

Temos traduzido o que tem se passado na colômbia por analistas políticos colombianos, ponto de vista mais aprofundado. (isso explica o que ele disse anteriormente sobre não deixar que somente jornalistas redijam as matérias)

Surgir novas visões sobre os fatos nacionais e internacionais.

(Antonio diz que a) Redação (é) pequena para as ambições deles, queremos ter uma redação mais capaz.

(Na opinião de Martins) Dá mais credibilidade e mais qualidade manter um correspondente, profundidade e confiabilidade. Os jornais brasileiros diminuíram muito o numero dos correspondentes.

Previsão para o futuro (jornalismo internacional)

Duas tendências, continuar se ampliando o desejo de pontos de vista alternativos, do que o ponto de vista do mercado capitalista.
A própria multipolarização do mundo internacional, com a ascenção dos emergentes, ascenção da Europa e Rússia está dispolarizando a idéia de que há uma verdade única, o publico quer ter outros pontos de vista.

(A segunda tendência segundo Antonio para o futuro é) Possibilidade de redes, que não são os grandes veículos, que se apóiam e trocam materiais.

Um comentário:

Maria Clara Moraes disse...

Olá Felipe! Adorei mesmo sua abordagem sobre mianmar! Muito boa! Quanto às minhas publicaçãoes, sim, eu prefiro publicar poemas... Não tenho muita garra para comentar sobre muitas coisas entende? Me sinto uma inútil, como se fosse uma "revolucionária preguiçosa", reclamo reclamo, mas eu não levanto do meu sofá por nada... portanto eu prefiro me abster em poemas mesmo! hehe.. faz sentido não faz???
Quanto a vc, parabens! Caminho certo! Vc trabalha já em algum veículo?